Quando eu fiz Sexo Anal

Olá meu nome é Flavia e vou contar um pequeno conto, o dia que ele mete no cuzinho. Não sei o tamanho exato do pênis do meu namorado, mas é grande — do tamanho apropriado. De largura mediana, nem muito fino, nem muito grosso. Lindo. Minha bunda, minhas entranhas, depois de anos de trabalho na barra de balé, estava sendo destrabalhada. O pau dele, minha bunda, libertando-se. Divino.

Quando ele me penetra eu deixo sair a tensão, milímetro por milímetro, puxando, apertando, segurando. Sou viciada em resistência física extrema, uma maratona de intensidade libertadora. Solto meus músculos, meus tendões, minha carne, minha raiva, meu ego, minhas regras, meus censores, meus pais, minhas células, minha vida. Ao mesmo tempo puxo, sugo e o trago para dentro. Abrindo e sugando, uma coisa só mete no cuzinho.

Bem-aventurada, aprendi, ao ser sodomizada, que esta é uma experiência de eternidade num instante de tempo real. A sodomia é o ato sexual de confiança final. Quero dizer, você realmente pode se machucar — se resistir. Mas se deixar o medo para trás, literalmente ultrapassando-o, ah, que felicidade se encontra do outro lado das convenções. A paz que se encontra além da dor. Ir além da dor é a chave. Uma vez absorvida, ela é neutralizada e permite a transformação. O prazer em si é uma mera absolvição temporária, uma distração sutil, uma anestesia enquanto se está a caminho de algo maior, mais profundo, mais embaixo. A eternidade fica muito, muito além do prazer. E além da dor. A borda do meu cu é o horizonte da sexualidade, a fronteira além da qual não há escapatória. Não para mim, pelo menos.

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