A psicóloga também tem fetiches

Chamo-me Camila, tenho vinte e cinco anos, sou morena, cabelos cacheados curtos, tatuei uma “mandala” em uma de minhas pernas, calço trinta e seis e tenho um metro e setenta e cinco de altura, sou gordinha, entretanto, não aquela gordinha flácida, sou o que os brasileiros chamam de mulher gostosa.

Adoro uma resenha, sou bem extrovertida, tenho andado mais comedida, pois vivemos numa sociedade machista, é complicado uma mulher casada ser expansiva, principalmente quando o marido se importa com o que as outras pessoas podem pensar ou falar.

Até achava que conseguiria mudá-lo, após concluir o curso de psicologia, onde era uma aluna bastante aplicada, além de exercer a monitoria em clínica analítico-comportamental, como fui ingênua… Estou casada a dois anos e ele continua com a cabeça limitada… Santa de casa não faz milagre.

Há quatro anos me formei, atendi uma paciente e durante a pandemia ela se mudou pra outro estado, mais precisamente pra cidade de Fortaleza, devido à mudança o tratamento dela foi interrompido.

O motivo que a fez me procurar foi o fato de o marido em um determinado dia ter esquecido o computador ligado e quando a mês foi utilizá-lo, o mesmo estava aberto em um site de contos eróticos…

Em um primeiro momento ela ficou contrariada, todavia não fechou, apenas minimizou a página e fora fazer o trabalho da faculdade.

Após o término da atividade ela retornou a página e começou a ler os contos, no início alguns apresentavam conteúdos chulos, até que veio uns contos instigantes, excitantes dentre os quais uns cincos, que ela não só citou os nomes dos contos, como escreveu os nomes dos autores e disse-me que salvou em seu e-mail o endereço do site, e sempre que lia os textos desses autores, além de ficar excitada passou a se envolver e se imaginar naqueles contos eróticos, aguçando sua curiosidade, passando a ficar dependente daquela leitura e gozando todas as tardes escondida do marido.

Passei a entrar nesse site erótico que ela me disse e ao ler os contos dos escritores citados por ela, eu passei a garimpar as melhores obras indecentes até chegar aos escritos por uma mulher.

Buscava conhecer o material despudorado não só pra identificar melhor o perfil de minha paciente, mas também para ajudá-la, já que eu nunca tinha acessado obras semelhantes.

E por a autora ser mulher ficaria mais a vontade eu entrar em contato com a contista, já que em seus contos tinha seu endereço eletrônico.

Ela gentilmente retornou minha mensagem, eu me apresentei como psicóloga, dizendo estar acessando e lendo seus contos pra ajudar minha paciente.
E queria saber um pouco desse universo libidinoso, dias depois a informei que minha paciente tinha viajado pra outro estado cancelando a terapia e com isso eu não precisaria mais voltar a acessar tais contos ou manter contato com ela.

Dias depois, a literata respondeu e-mail com risos, desejando-me sucesso. Tal atitude dela fez com que eu a sentenciasse como uma pessoa arrogante, eu esqueci que não podemos julgar quem não conhecemos.

A minha despedida das páginas dos contos eróticos não durou uma semana e lá estava eu voltando ao site e retornando minha comunicação com à Julia.

Após a narrativa dela no conto “A dentista e seu paciente”, me empolguei tanto que passei a narrar minhas fantasias, fetiches e curiosidades sexuais pra ela, que passou a partir dali, ela passou a ser minha confidente e terapeuta libidinosa.

A primeira coisa que ela me falou foi para eu parar de querer analisar as pessoas e sim viver estas pessoas pra entender o que se passa no cotidiano delas, já que a vida é pra ser vivida e não analisada.

Disparando em seguida:

“Sua paciente descobriu que o marido sentia talvez mais prazer nos contos que no casamento e posteriormente ela também descobriu o mesmo”.

E novamente Indagando-me:

“Será que não é por que os contos davam mais assanhamento sexual e intensidade que o parceiro na cama”?
“E você quando vai perceber que antes da psicóloga existe a mulher dentro de ti”?

Ao ouvir aquelas palavras, passei a olhar mais pro meu interior, estava sentindo que eu tinha passado a ter mais apetite sexual lendo os contos dela do que na cama com meu marido, determinado dia aproveitei o cancelamento de uma paciente, pra ler, em pleno consultório outro conto em que ela narrava a segunda aventura secreta da dentista com o seu paciente.

Os contos da Julia são carregados de detalhes minuciosos nos prendendo a narrativa, cheio de volúpia, insanidade a ponto de mesma no consultório, sentada no divã eu me masturbei deliciosamente.

Como não tinha outra paciente e meu consultório é de frente a um shopping aproveitei para experimentar ir sem calcinha ao Shopping Pátio Dom Luis só de vestidinho e por segurança coloquei a peça na bolsa, caso eu sentisse algum desconforto eu a vestiria.

Sentia-me como uma personagem dos contos eróticos da Julia, superabundante cheia de vigor, ao sair de um dos corredores eu esbarrei em um amigo do meu marido, próximo da praça de alimentação, quase batemos de cabeça, pra ele não cair uma de suas mãos apalpou involuntariamente um dos meus seios e a outra mão abraçou minha cintura.

Confesso que adorei sentir aos mãos dele, uma em meu seio direto e a outrora cintura, meu desejo ali era que elas permanecessem por mais tempo em meu corpo, na hora veio um dos contos que a Julia fez e me enviou por e-mail, quando a personagem do conto inventa uma torção no pé.

Ele passou a me ajudar a andar alguns metros, segurando minha cintura e eu me apoiando em um dos seus ombros até sentar em uma das cadeiras da praça de alimentação, com a ajuda providencial dele, só tirando a mão de minha cintura quando me viu sentada.

Foi a primeira vez que trai o meu marido, mesmo que em pensamento e pelo fato do seu amigo ser tímido, atencioso, isso fez o deseja-lo ainda mais, já que me sentiu uma caçadora errante e ele a caça indefesa.

Fiz um pouco de drama, ele correu pra um dos quiosques, trazendo um copo de gelo em uma de suas mãos, passando em meu pé, se ele não tivesse tão concentrado nos meus pés, talvez tivesse percebido que eu estava sem calcinha. (risos)

Ele, ali pra mim não era mais o amigo do meu marido e sim o homem que despertou em mim a vontade de seduzi-lo, tamanho o tesão que sentiu quando ele encaixou meu peito em sua mão.

Tarada mente sem que ele percebesse direcionei o meu olhar para o seu pênis, que sutilmente por estar vestindo uma bermuda branca e justa, mostrava o tamanho volume, já que o mesmo estava atento a massagear o meu pé.

Como nos contos da Julia, tinha que fazer com que o amigo do meu marido virasse meu cúmplice. E assim, toda aquela minha encenação nunca seria descoberta pelo meu esposo.

Então a primeira providência que tomei foi pedir pra que o mesmo não comentasse nada para meu marido, pois já estava bem e ele poderia achar ser algo grave e sair apressadamente do trabalho pra me socorrer e abalroar o carro. .

Passei ao ouvir dele que não me preocupasse que ele não falaria pro meu esposo, mal sabe ele que, ao atender o meu pedido em esconder do seu amigo a nossa colisão, ele passou a ser muito mais meu cúmplice do que amigo do meu marido.

Nesse entrechoque descobrimos que trabalhávamos bem próximo um do outro passamos a descobrir várias afinidades, nos despedimos com beijinhos e fiz questão de que o último atingisse os lábios dele casualmente. (Risos)

Retorno ao meu consultório, contudo aquele toque de sua mão em um dos meus seios está guardado em meus pensamentos.

Deixei subentendido quando antes de nos separarmos, ao falar com uma vendedora da loja de bijuteria em frente que no outro dia pontualmente entre onze e trinta e meio dia passaria lá pra comprar uma determinada peça e tomara que ele esteja com a mesma vontade que a minha.

Ao chegar no consultório a primeira coisa que fiz foi de telefona para a Julia, desejando que a mesma faça com que eu seduza meu comparsa e agora não mais amigo do meu marido e sim colega.

Nossa a Julia é fantástica e rápida, já até elaborou o plano e se nos encontrarmos amanhã meu marido que se cuide. (risos)

Deixe um comentário