Clara, apesar do nome, era uma belíssima mulata. Aos quinze anos tinha dado a luz a um robusto bebê. O pai tinha 19 anos quando foi morto numa troca de tiros na favela onde moravam. Uma ONG francesa acolheu Clara e o bebê.
Ela tornou-se bailarina e voltando ao Brasil entrou no corpo de ballet do Teatro Municipal. Seu filho, Artur, formou-se em administrador e em pedagogia. Ele era o diretor de uma conceituada escola há três anos.
Clara tornou-se tutora do corpo de ballet, dando aulas para adolescentes amparados pela mesma ONG francesa.