Eu o David crescemos juntos no mesmo prédio e éramos inseparáveis na infância. Jogávamos futebol, empinávamos pipa e fazíamos todas as outras brincadeiras que dizem ser típicas de meninos. Quando tocava a campainha do apartamento dele e a mãe dele atendia, a dona Rosana o chamava gritando: “David, é o seu amigo branquelo”. Eu dava risada. O tempo passou e o David começou a fazer mais sucesso com as meninas do bairro, enquanto eu fiquei mais na minha. Eu só gostava da Renatinha, mas apenas como amiga. Desconversava quando o assunto era sexo, pois não tinha coragem de assumir minhas recaídas. Além de legal e engraçado, achava aquele negro simplesmente fabuloso. Sonhava com ele me beijando e fazendo amor comigo, mas nunca tive a audácia de expor minhas fantasias, e continha o meu tesão perto dele.