Somos um casal de Florianópolis, ela natural daqui e eu do Rio Grande do Sul. Temos um bom nível cultural e financeiro. Devido à área de estudo dela, sempre teve contato com estrangeiros, em especial, imigrantes e refugiados. Começou participando de grupos de acolhimento e dando aulas para haitianos e senegaleses. Desde essa época, eu já imaginava ela com alguém, mas não necessariamente um negro. Eu achava que ela não desconfiava da minha fantasia, até porque eu não falava nada a respeito. Mas foi depois de algumas ações voluntárias junto à comunidades de imigrantes haitianos, que comecei a perceber um envolvimento maior dela com essas pessoas. Ela sempre admirou a luta e a força de vontade deles, e eu nunca imaginava que isso pudesse estar despertando outros interesses nela. Pra preservar o nome e nossa intimidade, chamarei ela de Flávia. As coisas começaram a mudar quando um